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Mostrando postagens de 2015

Pedaços de Tempo

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Todo setembro é igual a sempre: potencializa a saudade do meu amado Rio do Sul. Setembro é um mês muito significativo para o povo gaúcho. Mas isso é história e outro dia conto. Hoje a saudade é representada por esta, que é uma das minhas preferidas, desde sempre: Pedaços de Tempo - Os Mateadores Me olhou sem dizer nada foi chegando despacito Tinha um sorriso bonito numa forma de quimera A mais linda das imagens dentre um quadro de beleza Que pintou a natureza num dia de primavera Lembrava campos florindo umedecidos de sereno Leves brisas e acenos nos seus cabelos trazia Cores de aurora lazona emoldurando as manhãs Como alma guardiã do brilho de cada dia (Fez dos meus olhos crianças num mundo de fantasia E um rancho pra moradia da minha imaginação Talvez pedaços de tempo guardados dentro da gente Onde os olhos certamente são portas do coração, são portas do coração) Ficou lá dentro de mim juntado pelos olhares Aqueles mesmos lugares gua

Primavera em prosa e flor

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Primavera Cecília Meireles A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega. Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores. Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende. Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e t

Verão deixa marcas

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Se olhar bem, consegue ver as marcas do verão. ** A "marquinha" do verão. **

Nas curvas do caminho...

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"Marina é uma adolescente romântica e sonhadora e vem de uma família decadente e tradicional, mas hoje sem dinheiro algum.  Aos 14 anos ela é linda e tímida, sempre ajudando a mãe a cuidar dos irmãos pequenos. O pai, seu Pedro, muito rígido vive de olho na garota.  Mas o destino trouxe o amor até sua porta. Marina conheceu Antonio quando ele passava na frente de sua casa de bicicleta e levou um tombo. Ela riu, mas sabia que já estava enfeitiçada por aquele rapaz de olhos negros.  A família se opôs ao namoro e o sofrimento do casal começou, foram longos meses de tentativa para que o rapaz fosse aceito, mas nada comovia seu Pedro.  Desesperado Antonio faz uma proposta:  - Vamos fugir!  Ela se apavora.  - Não tenho coragem, meu pai me mata!  A vida faz com que os dois tomem rumos diferentes e se reencontrem quase trinta anos depois, em circunstâncias totalmente inesperadas." Assim começa a história escrita pela amiga Ruth Galvão de Andrade. Ainda nã

A Ventania

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Assovia o vento dentro de mim. Estou despido.  Dono de nada, dono de ninguém, nem mesmo dono de minhas certezas,  sou minha cara contra o vento, a contra-vento, e sou o vento que bate em minha cara. E assim o mestre se despede. A ventania, aquela da qual nunca conseguiremos fugir, veio e o levou. Há dias ensaio voltar, e nada melhor do que voltar com um pedaço de magia escrito por ele, que hoje se foi: Eduardo Galeano. A ele, minha admiração, sempre. Vai Galeano, mas saiba que as veias da América Latina pulsarão por ti, sempre. A ventania , do livro O Livro dos Abraços.

Hora de voltar

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Devagar, sem pressa alguma.