Minha opinião em um tom de cinza - parte 1

Tenho um sentimento confuso, que talvez seja até uma certa aversão a tudo que se torna modismo, apesar de muitas vezes ter vontade de ter, ler, ouvir ou assistir. Um exemplo é o filme Titanic, o assisti depois de 8 anos de seu estrondoso sucesso e de todo mundo falando nisso - ligava a TV só se falava em Titanic e Leonardo Di Caprio, sem contar a música, na época eu dava aulas de inglês, nem preciso dizer né...enfim, o papo é outro.

Confesso me que senti tentada a comprar "Cinquenta tons de cinza", mas sempre que ouvia alguma mulher comentar sobre, como se sexo e fetiches tivessem sido descobertos este ano, perdia a vontade.

Acontece que ganhei o livro de uma querida amiga, e comecei a lê-lo hoje. E por isso estou aqui, quero dividir minhas opiniões. Nem que seja comigo mesma.

Primeiro ponto - não é um livro aconselhável para quem não entende que o sexo vai bem além de um papai-e-mamãe. Tem quem se horrorize com certas práticas. Não simpatizo com a prática de BDSM, mas entendo perfeitamente que há pessoas que gostam e adotam. Não que uma pegada forte de vez em quando não faça bem, puxada de cabelo, um tapinha e outro (dependendo de como e onde) também. Digamos que uma BDSM bem branda me agradaria, se é que isso existe, ou quem sabe um sexo baunilha meio apimentado, se é que isso também existe.

O personagem - o agora famoso e desejado - Christian Grey diz que ele não faz amor, ele fode. Mais uma dentro - a expressão fazer amor é às vezes meio broxante, agora fazer sexo com quem se ama é tudo de bom.

Estou exatamente na parte em que a menina Anastasia (adoro esse nome) precisa dar uma resposta a ele, se quer ser submissa. Me coloco no lugar dela e apesar de todo o encanto e charme do Sr. Grey, eu não aceitaria. E não por uma questão apenas feminista, mas pelo lance de personalidade mesmo. Agora, que o cara é encantador e extremamente envolvente, isso não posso negar. Ele a introduz no universo BSDM de uma forma tão sutil que quando ela se dá conta, está desejando coisas que jamais pensou desejar. Sei bem como é isso, já tive duas experiências onde os meus companheiros foram dessa forma, sutilmente introduzindo seus fetiches. Não, não vou contar, isso não caberia neste blog. :)

Não sei de amigos reais que tenham essa prática, mas tenho alguns amigos virtuais que praticam e de vez em quando até bate uma curiosidade, mas não me imagino sendo submissa ou dominadora, pelo menos não sempre - talvez em algum momento a curiosidade seja maior e quem sabe...

Bueno, vou continuar minha leitura...depois volto para a "opinião parte 2"

Beijos ;)

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